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Depressão
Depressão é um transtorno de humor caracterizado por tristeza persistente, perda de interesse/prazer e alterações físicas, cognitivas e emocionais que prejudicam a vida diária. Não é “falta de força de vontade” nem “fraqueza de caráter”; é uma condição médica que merece cuidado profissional.
Perguntas frequentes
- 01
• Transtorno Depressivo Maior: episódios com intensidade moderada a grave, duração de semanas/meses.
• Transtorno Depressivo Persistente (distimia): humor deprimido crônico (≥2 anos), sintomas geralmente mais leves, porém contínuos.
• Depressão perinatal/pós-parto: relacionada à gestação e ao período após o parto.
• Depressão associada ao ciclo reprodutivo (inclui TDPM): sintomas intensos pré-menstruais com prejuízo funcional.
• Depressão no climatério/menopausa: influências hormonais podem intensificar vulnerabilidades prévias.
- 02
• Humor deprimido, sensação de vazio ou desesperança
• Perda de interesse/prazer (anedonia)
• Cansaço, queda de energia, lentificação
• Alterações do sono (insônia/hipersonia)
• Alterações do apetite/peso
• Dificuldade de concentração e memória
• Culpa excessiva, desvalia
• Sintomas físicos (dores, desconfortos gastrointestinais, palpitações)
• Sinais de alerta: ideias de morte, pensamentos suicidas Duração importa: se os sintomas persistem por duas semanas ou mais e trazem prejuízo, é hora de buscar avaliação.
- 03
A depressão surge da interação de fatores biológicos (genética, neuroquímica), psicológicos (traumas, perfis cognitivos) e sociais (estresse crônico, sobrecarga, isolamento). Em mulheres, oscilações hormonais ao longo do ciclo, gestação, pós-parto e menopausa podem intensificar a vulnerabilidade.
- 04
• “Depressão é frescura.” ❌ É uma doença reconhecida, com alterações reais.
• “Quem tem depressão é fraco.” ❌ Pode afetar qualquer pessoa.
• “É só querer sair disso.” ❌ Tratamento envolve abordagem clínica, não “vontade”.
• “Remédio deixa dopado.” ❌ O objetivo é devolver energia e funcionalidade, com ajuste individualizado.
- 05
É clínico, realizado em consulta psiquiátrica, com anamnese detalhada e avaliação do contexto de vida. Exames podem ser solicitados para excluir causas orgânicas (ex.: disfunções tireoidianas, deficiência de vitaminas, efeitos medicamentosos).
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1) Psicoterapia
• TCC (terapia cognitivo-comportamental): reestruturação de pensamentos, manejo comportamental.
• Terapias baseadas em mindfulness, ACT, terapias interpessoais (especial valor em perinatal/lutos).
2) Medicação (quando indicada)
• Antidepressivos (ex.: ISRS/ISRSN, entre outros), escolhidos conforme perfil clínico (sono, ansiedade, libido, comorbidades).
• Ajuste gradual, monitoramento de efeitos colaterais e tempo terapêutico adequado (manutenção após remissão para prevenir recaídas).
3) Estilo de vida e suporte
• Higiene do sono, atividade física regular, alimentação equilibrada
• Redução de álcool/cafeína, rotinas de organização
• Rede de apoio (família, amigos, trabalho)
• Protocolos funcionais e suplementação podem ser considerados caso a caso.
4) Situações especiais em mulheres
• Perinatal/pós-parto: avaliação do risco-benefício de medicação na gestação e amamentação; psicoterapia e rede de apoio são pilares.
• Ciclo menstrual/TDPM: rastreio de padrão cíclico; intervenções combinadas (estilo de vida, psicoterapia, fármacos).
• Climatério/menopausa: manejo integrado de sintomas vasomotores/sono e humor.
Quando procurar ajuda?
• Sintomas por ≥2 semanas com prejuízo funcional
• Piora progressiva, afastamento social ou queda de rendimento
• Ideias de morte, pensamentos suicidas ou autolesões
• Depressão no pós-parto, na gestação ou relacionada ao ciclo/menopausa
• Depressão associada a ansiedade, pânico, uso de substâncias ou dor crônica
Urgência: em risco de autoagressão, procure serviço de emergência imediatamente.
- 07
A maioria dos pacientes melhora significativamente com tratamento adequado. Prevenir recaídas envolve manutenção do tratamento por tempo indicado, psicoterapia contínua (quando preciso) e cuidado com fatores de risco.
- 08
Tem tratamento eficaz e pode alcançar remissão completa. Mesmo após melhora, é importante manter o plano para evitar recaídas.
- 09
Em média 2–6 semanas para resposta inicial; ajustes podem ser necessários.
- 10
Não necessariamente. O tempo depende do histórico de episódios, gravidade e resposta. A decisão é individualizada.
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Casos leves podem responder muito bem à psicoterapia e mudanças de estilo de vida. Em moderados a graves, a combinação costuma ser mais eficaz.
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Sim — auxilia sintomas, sono e prevenção de recaídas.
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Há opções de psicoterapia e fármacos com melhor perfil de segurança. Avaliação individual é essencial.