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Transtorno Disfórico
Pré Menstrual
O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) é uma condição que vai além da tensão pré-menstrual comum. Caracteriza-se por sintomas emocionais intensos, como irritabilidade, tristeza profunda, ansiedade e oscilações de humor, que impactam diretamente a rotina e a qualidade de vida da mulher.
Reconhecer o TDPM é fundamental para buscar tratamento adequado e estratégias de cuidado. Com acompanhamento médico e psicológico, é possível reduzir os sintomas e promover bem-estar físico e emocional.
Perguntas frequentes
- 01
• TPM (Tensão Pré-Menstrual) é um conjunto de sintomas físicos, emocionais e comportamentais que surgem na fase lútea (dias anteriores à menstruação) e melhoram após o início do ciclo.
• TDPM (Transtorno Disfórico Pré-Menstrual) é a forma mais intensa e incapacitante da TPM, com predomínio de sintomas emocionais (irritabilidade, tristeza, labilidade afetiva, ansiedade) que causam prejuízo real no trabalho, nos estudos e nas relações.
Regra prática: se os sintomas voltam todo mês, pioram na semana anterior à menstruação e aliviam com a menstruação, vale investigar.
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Emocionais/Comportamentais
• Irritabilidade, explosões de raiva
• Tristeza, choro fácil, hipersensibilidade
• Ansiedade, tensão, “mente acelerada”
• Dificuldade de concentração, desatenção
• Queda de motivação, isolamento
Físicos
• Inchaço, retenção de líquido
• Sensibilidade/dor mamária
• Cefaleia, dores musculares
• Alterações intestinais
• Aumento de apetite/compulsão por doces
• Fadiga, sono irregular
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• TPM: sintomas leves a moderados, costumam ser manejáveis.
• TDPM: pelo menos 5 sintomas, com um obrigatório emocional (humor deprimido, irritabilidade acentuada, labilidade afetiva ou ansiedade marcante), presentes na maioria dos ciclos e com prejuízo funcional claro. O quadro melhora poucos dias após a menstruação.
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Não é “frescura” nem falta de controle. TPM/TDPM resultam de uma sensibilidade do cérebro às oscilações hormonais normais do ciclo (estrógeno/progesterona) que modulam sistemas de serotonina, GABA e noradrenalina. Fatores de estresse, sono irregular e predisposição individual podem amplificar a resposta.
- 05
É clínico e exige padrão cíclico. Ferramentas úteis:
• Diário de sintomas por 2–3 ciclos (apps ou planilhas)
• Exclusão de outras causas que imitam TPM (hipotireoidismo, anemia, depressão/ansiedade não cíclicas)
• Para TDPM, utilizar critérios formais e avaliar prejuízo funcional
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1) Intervenções clínicas
• Psicoterapia (principalmente TCC e manejo do estresse): identifica gatilhos, trabalha pensamentos automáticos e rotinas.
• Antidepressivos ISRS (em TDPM ou TPM moderada/grave):
• Uso contínuo diário ou intermitente/lúteo (apenas da ovulação até a menstruação).
• Opções ginecológicas (em parceria com GO):
• Contraceptivos hormonais com esquemas que estabilizam flutuações hormonais (avaliação individual).
• Em casos selecionados e refratários, outras estratégias hormonais podem ser consideradas pela GO.
2) Estilo de vida e medidas práticas
• Sono regular e higiene do sono
• Exercício físico regular (aeróbico e força)
• Alimentação: reduzir ultraprocessados, açúcar e álcool; priorizar proteínas, fibras, magnésio
• Cafeína: moderar, principalmente na fase lútea
• Manejo de estresse: respiração, mindfulness, relaxamento muscular progressivo
• Planejamento do ciclo: ajustar demandas da semana pré-menstrual (reuniões críticas, prazos) quando possível
3) Suplementos (quando avaliados caso a caso)
• Magnésio, vitamina B6, ômega-3 e, em alguns casos, calço podem auxiliar sintomas leves/moderados.
(Sempre com avaliação médica — dose/qualidade importam.)
- 07
• Sintomas todo mês com prejuízo no trabalho/estudos/relacionamentos
• Irritabilidade/ansiedade intensas, crises de choro frequentes
• Compulsão alimentar marcante, dor/incômodo físico incapacitante
• Suspeita de TDPM ou coexistência com depressão/ansiedade
• Falta de resposta às medidas de autocuidado
Urgência: se houver ideação suicida ou risco de autoagressão, procure serviço de emergência imediatamente.
- 08
É comum ter algum desconforto; tratar quando há prejuízo ou sofrimento significativo.
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É uma condição tratável e controlável. Muitas pacientes têm remissão com ISRS (contínuo ou lúteo) e/ou manejo hormonal + psicoterapia.
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Pode ajudar ao estabilizar flutuações. A escolha é individual e feita com a GO.
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Casos leves podem responder a estilo de vida + psicoterapia. Em TDPM e TPM moderada/grave, combinação tende a ser mais eficaz.
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Pode ser. Oscilações hormonais modulam apetite e recompensa. Estratégias alimentares e manejo de estresse ajudam muito.